Quando falamos em musicoterapia, encontramos diversos estudos que apontam que esta é uma intervenção terapêutica de grande valia para o envelhecimento com saúde. Marques (2011) relata que a musicoterapia, sendo uma terapia auto expressiva, com forte atuação nas funções cognitivas, contribui diretamente para o envelhecimento ativo, pois proporciona aos idosos um contato com seu poder criativo, com suas potencialidades, memórias e histórias de vida, fortalecendo sua identidade e autoestima.
Dentro de uma sessão podemos ter o paciente que somente ouve a música ou a sonoridade proferida, classificando-o como passivo, ou podemos ter o próprio paciente tocando ou cantando, tendo assim, um paciente ativo. No canto coral, podemos dizer que há uma plena comunhão dos dois tipos de pacientes, pois é quando as atividades se entrelaçam. A partir do trabalho do regente projetando a canção, os integrantes ouvem primeiramente e, logo em seguida, a executam, ocupando um papel tanto passivo quanto ativo. Dessa forma, percebe-se que a musicoterapia está presente no canto coral porque este utiliza o canto e a participação de todos os integrantes de forma íntegra – o que é de suma importância – adequando-se muito bem ao idoso essa recreação artística. Contudo, devemos salientar que somente teremos uma sessão de musicoterapia se possuirmos os três itens mencionados no primeiro capítulo: o terapeuta, o paciente e o processo musicoterapêutico.
Millecedo Filho, Brandão e Millecco (2001 apud SILVA, 2016) dizem que o canto é a prática da expressão da memória contribuindo para estimular o ser humano, e propiciar a melhora da autonomia e a liberação da afetividade.
Essas atividades demonstram que por meio de um ensaio de coro, podemos motivar o idoso a realizar determinadas funções que ele já não acreditava mais poder realizar, encorajando-o assim, a buscar novos desafios, novas tarefas e diferentes modos de agir, sentindo-se valorizado, capaz e útil.